Pois é… Até acontecer, ninguém imagina que poderá ter depressão pós-parto.
Foi assim com a cantora Cardi B, que teve seu bebê em julho do ano passado e recentemente desabafou em público.
“Do nada, o mundo estava pesando em meus ombros”, descreveu a cantora em entrevista à edição de março da revista Harper’s Baazar.
Como cerca de 25% das mulheres, a popstar enfrentou a depressão pós-parto, logo que deu à luz sua primeira filha, Kulture.
À época, Cardi B estava participando como convidada especial da turnê 24K Magic Tour, de Bruno Mars, e decidiu largar os shows para se dedicar à filha e se recuperar com apoio dos familiares.
Depressão pós-parto sem acepção de pessoas
Como qualquer doença, a depressão pós-parto requer tratamento, a fim de não comprometer a saúde mental e a vida desta nova mamãe.
Como ocorreu com a cantora, esse transtorno mental pode acometer qualquer mulher que tenha predisposição à doença ou não.
O fator biológico, devido à queda abrupta dos hormônios sexuais femininos, é o principal desencadeador da depressão após o nascimento do bebê.
Alterações neuroquímicas, de neuroimagem, inflamatórias e até imunológicas têm sido atribuídas à depressão pós-parto.
Outros fatores de risco:
- Gravidez não planejada,
- Conflitos conjugais,
- Violências domésticas,
- Antecedentes pessoais e familiares de depressão,
- Uso de álcool e drogas na gestação,
- Depressão na gestação que não foi tratada
- Idade (adolescentes podem ter taxas mais elevadas que a de mulheres adultas).
Depressão pós-parto: sintomas
O diagnóstico de depressão pós-parto envolve a análise dos mesmos sinais e sintomas da Depressão Maior em outros períodos de vida da mulher:
- Tristeza,
- Desânimo,
- Cansaço,
- Fadiga,
- Humor deprimido,
- Pensamentos negativos (culpa, morte, ruína, menos-valia),
- Indiferença ou rejeição à criança,
- Anedonia (perda de prazer ou interesse pelas atividades habituais),
- Alterações de atenção/concentração,
- Alterações do sono e apetite
- Ideação suicida.
Tais sintomas devem estar presentes por pelo menos duas semanas, na maior parte dos dias, com grandes prejuízos sócio-funcionais e sofrimento.
É imprescindível que esta mamãe seja avaliada por um especialista em saúde mental feminina, pois, deverá descartar doenças com sintomas parecidos, como hipotireoidismo, entre outras.
Nem sempre o obstetra consegue identificar quando a paciente está ou não com depressão.
O melhor a fazer é buscar orientação de um psiquiatra, que estará apto para identificar a doença.