Os jogos virtuais fazem parte da modernidade. Crianças, adolescentes, jovens e muitos adultos gostam de jogar.
Porém, há dois lados dessa “moeda”, que pode ser considerada um lazer para a grande maioria.
Lado A: há jogos virtuais que constituem potencial ameaça a crianças e adolescentes, vulneráveis em decorrência dessas faixas etárias.
Esse público pode, portanto, ter condutas autodestrutivas sob a influência inadequada desses supostos “entretenimentos”.
Lado B: é inegável que há jogos educativos. Existem até aqueles que, sob orientação profissional especializada, auxiliam em vários tratamentos de saúde, são utilizados inclusive em hospitais e clínicas de reabilitação em diversas áreas.
Pais, atenção aos jogos virtuais
Em decorrência do aumento de índices de violência e suicídio por parte de jovens, com exemplos de episódios alarmantes noticiados mundialmente, o Comitê Estadual de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul, divulgou um comunicado importante, direcionado a pais, comunicadores, e sociedade em geral.
Mais que mostrar como se joga, quais jogos constituem ameaça, a que comportamento induzem e acabar despertando a curiosidade de mais e mais adolescentes, a orientação é para que:
- Informemos e discutamos sobre o suicídio, como tais hábitos virtuais podem induzir a comportamentos suicidas e como reconhecer as pessoas vulneráveis a eles.
- Informemos e orientemos sobre prevenção e tratamento.
- Limitemos o tempo dos nossos jovens na internet, desenvolvamos um bom relacionamento com eles, de modo a termos ciência do que acessam, com quem se relacionam virtualmente, etc.
- Promovamos a esse público formas variadas e saudáveis de lazer, entretenimento e de como passar o tempo.
- Promovamos estratégias preventivas que busquem esclarecer os jovens sobre as consequências negativas do envolvimento com estes jogos.
Sinais de que algo não está bem
Como o comportamento suicida (lesão autoprovocada, ideias de morte, ideação suicida, tentativa de suicídio e ato consumado) é vivido muitas vezes no silêncio das famílias, alerta-se para a importância da observação dos seguintes sinais:
1- Comportamento autodestrutivo (lesões autoprovocadas, exposição à situação de risco, uso de drogas);
2- Isolamento social;
3- Manifestação de tristeza e de desejo de morte, verbal ou por escrito;
4-Irritabilidade e crises de raiva;
5-Histórico de suicídio na família;
6-Tentativa de suicídio prévia;
7-Participação em desafios autodestrutivos, entre os quais os referidos jogos virtuais, que têm causado grande mobilização.
É fundamental o esforço das famílias para o estreitamento dos laços com os jovens, dando espaço para o diálogo.
Procuremos auxiliar no enfrentamento dos seus problemas, sempre em busca da harmonia e compreensão.
Às vezes não é tão fácil. Quando necessário, recorra à ajuda de profissionais qualificados, como terapeutas, psicólogos e psiquiatras.